Caminhando pelo vale das amarguras
Senti que o Senhor me havia desamparado
Por sobre estas pedras duras
Meu ser não se sentia consolado
Errando pelo vale das amarguras
Senti que tinha abandonado o Senhor
Sob estas duras pedras
Meu ser contorcia de dor
Solitário na imensidão do vale das amarguras
Joelhos flectidos, doridos por sobre as pedras duras
Um homem procura o caminho de volta
Enquanto seus tímpanos estouram em eco:
“Serás a tua presa e teu predador
O juiz e teu próprio réu
A chave que te abrirá a porta a ti pertence
És o segredo de ti próprio
Não existe coveiro, cada gesto teu um buraco
E a conduta o carcereiro
A esperança morreu antes de nasceres”
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poemas
Não me matarei hoje
ResponderEliminarE nem amanhã...
Minha vida se esvaí, eu sei...
Meu destino é me perder nas multidões,
Estar sempre a partir e a chegar
A nascer e a morrer
Ao sabor das estações...
Na vida não quero ter nenhuma esperança,
Saber que o dia nasce,
E a noite vem,
E a madrugada chega,
E assim por diante...
Portanto não me matarei hoje,
Nem amanhã...
Esperanças vãs?
Sonhos loucos?
Juventude?
Tudo passa!
Num rodamoinho incontrolável
A mudar a paisagem...
Encaremos os fatos,
Nós passamos pelo tempo
Enquanto os dias se repetem
Num desvairado turbilhão
Que nos escapa!
@Gabriel Arcanjo
ResponderEliminarAdorei