Meu Vale das Amarguras | Dai Varela

3 de janeiro de 2011

Meu Vale das Amarguras



Caminhando pelo vale das amarguras

Senti que o Senhor me havia desamparado

Por sobre estas pedras duras

Meu ser não se sentia consolado


Errando pelo vale das amarguras

Senti que tinha abandonado o Senhor

Sob estas duras pedras

Meu ser contorcia de dor


Solitário na imensidão do vale das amarguras

Joelhos flectidos, doridos por sobre as pedras duras

Um homem procura o caminho de volta

Enquanto seus tímpanos estouram em eco:


“Serás a tua presa e teu predador

O juiz e teu próprio réu

A chave que te abrirá a porta a ti pertence

És o segredo de ti próprio

Não existe coveiro, cada gesto teu um buraco

E a conduta o carcereiro

A esperança morreu antes de nasceres”






  1. Não me matarei hoje
    E nem amanhã...
    Minha vida se esvaí, eu sei...
    Meu destino é me perder nas multidões,
    Estar sempre a partir e a chegar
    A nascer e a morrer
    Ao sabor das estações...

    Na vida não quero ter nenhuma esperança,
    Saber que o dia nasce,
    E a noite vem,
    E a madrugada chega,
    E assim por diante...

    Portanto não me matarei hoje,
    Nem amanhã...

    Esperanças vãs?
    Sonhos loucos?
    Juventude?
    Tudo passa!
    Num rodamoinho incontrolável
    A mudar a paisagem...

    Encaremos os fatos,
    Nós passamos pelo tempo
    Enquanto os dias se repetem
    Num desvairado turbilhão
    Que nos escapa!

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