FIC deve ser privatizada, defende Adriano Cruz | Dai Varela

27 de novembro de 2011

FIC deve ser privatizada, defende Adriano Cruz

Adriano Cruz, executivo da Câmara de Comércio Indústria Agricultura e Serviços de Barlavento (CCIASB) defende que a gestão da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) deve passar para os privados. Ainda, admite que a diminuição de empresas nacionais na feira que findou domingo (20), no Mindelo, deveu-se ao elevado preço dos estandes. 

Adriano Cruz defende privatização da FIC
Como uma das parceiras da FIC, há cerca de três anos que a CCIASB tenta implementar uma proposta estratégica da FIC enquanto empresa pública mas Adriano Cruz entende que o sector privado deveria estar devidamente representado no Conselho de Administração (CA) da FIC ou então passar-se para a “própria privatização da FIC”, porquanto o interesse fundamental dela é a promoção do tecido empresarial nacional. 

“Os ganhos seriam muitos porque o próprio empresariado sabe o que é prioritário por isso que as Câmaras de Comércio de Barlavento e Sotavento irão apresentar esta proposta no início de 2012 para ser aprovada pelo CA da FIC”. 

Cruz afirma que é preciso melhorar consideravelmente a análise da actividade da feira no sentido se adequar melhor os produtos intra-feira, principalmente para o empresariado nacional. 



“Deve-se pensar, produzir e aplicar os instrumentos” que irão permitir fazer as escolhas adequadas de informação. “Se não houver, no quadro da FIC, uma unidade de registo informatizado de todos aqueles que entram e do que vão lá fazer, dificilmente podemos querer tirar informações valiosas depois da FIC no que diz respeito a este indicador em particular”, alerta. 

Promoção adequada 

Outro sector a ser avaliado é a demanda do mercado para se conseguir fazer uma promoção adequada da FIC no exterior. “Acredito que há espaço para melhorias consideráveis e a própria FIC está consciente disto”, afirma. 

Este executivo da CCIASB admite que em termos de representação nacional “são quase sempre as mesmas empresas” e isto está relacionado com o próprio custo de participação para as Pequenas e Médias Empresas como expositores nacionais onde um stand de nove metros quadrados ronda os 100 contos. “Grande parte das empresas consideram os custos elevados e realmente nós constatamos uma presença pouco representativa, ano após ano, de empresas cabo-verdianas”. 

Mas, tendo em conta o retorno dos operadores após feira, considera que a FIC tem tido “um impacto positivo” para os empresários nacionais e para a economia do país.“A crise não toca os certames feirais apesar de haver uma ligação estreita de dependência entre as feiras e a própria crise”, nota Adriano. 

Cruz aponta a presença de dezenas de empresas europeias nesse evento como demonstração de que elas estão à procura de alternativas em mercados como Cabo Verde. “Isto leva-me a considerar que a crise tem uma influência, a priori, positiva nas feiras de Cabo Verde”, termina.



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