“Cabo verde já reclama um espaço digno para a feira”, afirma Luís Cardoso, PCA da FIC | Dai Varela

27 de novembro de 2011

“Cabo verde já reclama um espaço digno para a feira”, afirma Luís Cardoso, PCA da FIC

Depois de quinze anos de eventos a FIC abre as portas esta sexta-feira com expositores de todos os sectores da economia ainda sem espaço próprio pelo que o PCA da FIC afirma que “Cabo Verde já reclama” por um local digno deste acontecimento. 

Luís Cardoso, PCA da FIC 
A maior feira do país decorre de 16 a 20 de Novembro no Mindelo com um orçamento a rondar os 14 mil contos e com 140 stands distribuídos por uma área de 2600 metros quadrados nos armazéns junto a praia da Laginha. Apesar de há quinze anos realizar-se a FIC ainda não há um espaço próprio para albergar um evento desta natureza e esta é uma das grandes reclamações do PCA da FIC, Luís Cardoso. “Fala-se muito em posicionamento estratégico mas uma das vantagens que Cabo Verde poderia ter seria uma infra-estrutura condigna para receber acontecimentos internacionais de grande magnitude que não seja somente para a FIC. Cabo Verde já reclama um espaço condigno e neste momento estamos à procura de um terreno para conceber projectos de grandes pavilhões multiusos”, afirma. 


Este ano foram inseridos dois novos sectores, a moda e a cultura, para aproveitar o potencial destas duas áreas específicas com exposições e manifestações culturais. Uma outra inovação da FIC é a introdução do “país convidado” que nesta edição será o Brasil e com isso seu mercado estará destacado na feira para realçar os negócios existentes entre nossos países. Este realce acontece num momento em que há uma diminuição das importações de Brasil para Cabo Verde neste último ano tendo a cooperação com este país da América Latina centrando-se, principalmente, nas áreas da educação e no reforço da formação. 

Não obstante a crise internacional, e Cabo verde não foge a regra, os expositores estão a participar em massa na FIC, assegura Luís Cardoso. “Mesmo antes do final da data da inscrição já estávamos completamente cheios em termos de área disponível. Inclusive houve empresas em lista de espera que não pudemos atender” o que pode ser entendido como uma forma de procurar novas soluções e mercados em tempos de crise 

Embora ainda não existe um estudo aprofunda para medir o impacto dos sucessivos eventos feirais, o PCA da FIC garante que os impactos da participação na FIC são positivos. Como actividade de marketing por excelência, Cardoso considera que comparativamente aos custos que se tem por estar na feira “vale a pena” em relação aos proveitos conseguidos na auto-promoção no local por parte das entidades. 

“A grande maioria das empresas que estão instaladas no país ou que têm parcerias com empresas cabo-verdianas conseguiram a sua primeira abordagem através da participação nas feiras”, afirma Cardoso que fala em “grandes negócios” realizados nos contactos com investidores externos. É por esta razão que considera que a FIC tem dado “um contributo importante” na economia de Cabo verde ao longo dos tempos. 

Ao contrário do sector dos produtos, o ramo dos serviços (advogados, consultores e outros) é aquela que tem demonstrado menos interesse em estar presente na FIC com espaço próprio preferindo antes apresentar seus serviços como visitante profissional. Por outro lado os países tradicionais da FIC continuam a ser Portugal, Brasil, Espanha e Ilhas Canárias devido as relações comerciais existentes mas Cardoso garante estarem a procura de novos mercados para investirem em Cabo Verde. “Queremos encontrar formas de assumir o país como plataforma de comércio com a costa Oeste Africana no âmbito das várias leis de acesso ao mercado que dispomos com os quinze países do ocidente africano, representando 250 milhões de habitantes”. É desta forma que espera que os expositores vejam Cabo Verde, não somente como esses dez grãozinhos de terra com quinhentos mil habitantes. 

No sábado os expositores seguiram numa pequena tournée pelos três concelhos de Santo Antão para abordar o mercado e ver as potencialidades da ilha. 




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