A unidade da Brigada Anti-Criminal (BAC) da Policia, mais conhecida como “Ninjas” foi criada para operar contra a criminalidade não convencional mas neste momento anda a patrulhar ambientes urbanos de forma convencional. E continua com a máscara na cara.
Se no combate aos gangs que intimidavam Mindelo se justifica uma actuação musculada e mascarada da BAC, agora questiona-se até que ponto é justificável as operações de Ordem Pública com a cara coberta destes agentes. Nota-se que a BAC está a exercer funções que
são atribuições do Serviço de Piquete que tem agentes devidamente identificados ao se aproximarem do cidadão de bem numa situação de desordem pública.
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Embrião da BAC em São Vicente |
Mas do que estou a falar? Estou a apontar que um agente especial mascarado deverá actuar em operações especiais. Para patrulhar vias públicas ou colocar fim a uma festa com a música muito alta devem ser agentes devidamente identificáveis em operações convencionais de prevenção e combate à criminalidade, como exigido num Estado Constitucional.
Se a actividade criminal que motivou a criação do Embrião da BAC em São Vicente, com grande contributo de Roberto Costa Fernandes, já não justifica o constante movimento dos agentes especiais então deverá o Comando da Policia Nacional ou a Ministra da Administração Interna, Marisa Morais encontrar uma solução.
Uma força especial deverá efectuar acções em situações mais arriscadas que exigam estarem mascarados. Não é serem solicitados para pôr fim a festas de aniversário. Ou são destacados para operações críticas de violência urbana ou então são integrados no Serviço de Piquete e começam a abordar os cidadãos de cara destapada e com identificação.
Para não deixar nenhuma dúvida: eu não estou a falar para se acabar com os “Ninjas”. Estou a dizer que os “Ninjas” devem ser accionados para operações especiais onde abordam de cara mascarada os delinquentes e suspeitos. Se for operações de rotina os cidadãos devem ser abordados por policias de cara destapada e com identificação para se evitar possíveis abusos, como deve ser num Estado Democrático Representativo e Constitucional.
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