Didi: o temível esquerdino no andebol | Dai Varela

11 de abril de 2012

Didi: o temível esquerdino no andebol

Didi tinha uma esquerda incrível
Frio na leitura do jogo. Certeiro nos remates. Didi impôs respeito e medo durante os cerca de 22 anos de competição no andebol. Adelino Duarte, de nome próprio, já ganhou vários títulos como jogador e treinador e sua “técnica da mão esquerda” fez estragos nas redes e por isso ganhou fãs e rivalidades na mesma proporção. Hoje, com 45 anos de idade, seu percurso confunde-se com o desenvolvimento do andebol em São Vicente. Conheça o atleta que sempre considerou-se “o melhor jogador do mundo”.

Em 1982 foi um dos impulsionadores na criação desta modalidade no Cruzeiros do Norte, clube onde passaria os seus primeiros cinco anos a competir. “Fiz parte de uma equipa de andebol do Cruzeiros que tenho o maior orgulho porque eram pessoas amigas que jogavam de forma empírica. Este andebol que temos hoje deve-se muito ao trabalho feito nas zonas de Cruz João Évora com Luís, Nhela e em Chã de Alecrim, que tinha Lázaro e Kim-Zé na organização.”

Muita coisa mudou desde o tempo que dava seu contributo no Cruzeiros. Devido aos golos marcados, às picardias em campo e por ser um dos destaques do Batuque, tão-somente o maior rival dos rapazes de Cruz João Évora, Didi tornou-se alvo de críticas, cânticos e mais picardias por parte dos adeptos do Cruzeiros. “Adoro a zona, tenho muito amigos lá, mas creio que muitos dos novos atletas e adeptos não sabem do meu histórico no clube, com que esforço aquilo foi construído. O facto é que o Cruzeiros que me conhece sabe valorizar-me.”

Depois abraça o projecto de implementar o andebol no Batuque junto com o advogado Mário Jorge e apaixona-se pelo clube, sentimento que ainda hoje mantêm, agora como treinador. Várias vezes considerado melhor jogador de Cabo Verde em Campeonatos Nacionais a sua maior frustração foi nunca ter vestido as cores da selecção e cantado o hino nacional. Ainda, pelo meio, relembra uma contratação frustrada como profissional para a equipa da TAP quando tinha apenas 19 anos porque o pai não autorizou. “A preocupação do meu pai era formar um bom cidadão, fazer-me gente, não era formar um atleta pelo que nunca guardei nenhum ressentimento deste episódio.”

O melhor jogador do mundo
Didi a treinar o Batuque no Polidesportivo Oeiras

Não era um jogador perfeito mas sempre tentou ser perfecionista em campo com a ideia bem clara: ser o melhor jogador do mundo. “Apesar de haver milhares melhores que eu, sempre me considerei o melhor jogador do mundo porque acredito que o melhor deve exigir sempre o máximo dele próprio”, diz com a experiência de quem já treinou a Selecção de Cabo Verde Sub-16 e que orgulha-se de ter produzido bons atletas com destaque para Ivo do Santos que hoje joga no Benfica de Lisboa.

Cresceu a jogar um andebol mais empírico, em que poucas vezes teve um treinador. Quanto muito, um preparador físico orientava os treinos que eram “fracos” na parte técnica e táctica. Hoje como treinador tem a preocupação de cortar aos seus jogadores muita das coisas que fazia enquanto jogador. “A visão do andebol mudou, agora temos que aplicar um conhecimento mais científico para obter melhores resultados.” A filosofia agora é nunca estar satisfeito com aquilo que os seus jogadores produzem para poder tirar sempre mais das suas exibições por isso já ganhou alcunhas como Hitler ou Kadafi. Mas Didi gosta. “Tudo aquilo que dão irei considerar pouco. Cabe a mim potencializar o máximo daquilo que eles acreditam que podem dar para alcançar a vitória”, mesmo que lhe chamem chato, admite sorrindo.

Andebol poderia estar melhor


Didi não teve treinador de andebol mas não se esquece dos professores de Educação Física que fizeram parte da sua formação como desportista: Djimba (antigo Vereador do Desporto na ilha) e Rute, no Liceu Ludjero Lima. “Ao lado do meu pai foram as pessoas que me ensinaram a ser gente”, afirma. Outra figura incontornável no desporto sãovicentino que Didi presta sua homenagem é ao professor Djô Borja. “Pelo seu carácter e disciplina, ele é um dos pilares do desporto na ilha e por isso sempre falarei dele.”

Sem hesitar diz que o andebol poderia estar melhor mas que não é por falta de empenho dos andebolistas da ilha que organizam e participam dos campeonatos. “Temos falta de espaço e mais ainda de patrocínios para mostrar ainda mais qualidade. É uma luta diária que estamos motivados a vencer”, termina.


  1. boa didi tenho mto orgulho desse tenho empenho como homem e como desportista aquele  abraçao de sempre

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  2. Boa coach um tem orgulho d´teb como treinador. Bo fazem dxcubri Andebol dentro d´mim e graças a bo empenho e gara um ti te evolui a cada dia, sempre te luta pe txób orgulhoso d´bo trabói. Melhor treinador cum podia tem e realment melhor jogador d´Ándebol q´Cabo Verde ja tive. 

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  3. "...
    sempre me considerei o melhor jogador do mundo porque acredito que o melhor deve exigir sempre o máximo dele próprio..." por iss k m tem maior orgulho em treina bo Coach! Akele abraaaaaço.

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  4. Foi com prazer que li esta peça sobre o meu amigo do coração e "melhor jogador do mundo". Entendo perfeitamente o sentido dessa frase, pois é uma forma, na sua visão, de o jogador não se sentir inferiorizado perante os adversários, é uma atitude psicológica de quem acredita na sua potencialidade, mesmo consciente das suas limitações. Didi já tem o seu nome gravado na história do andebol e do basquetebol em Cabo Verde. Como ele, há poucos. Posso dizer que tive o orgulho de aprender muita coisa do pouco que sei do andebol. Obrigado, amigo.

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  5. foi um orgulho de ler a historia do meu treinador.apesar de ler as partes que eu conheco do meu treinador eu afirmo,que apesar de ser um grande jogador e um optimo treinador ,e foi ele que esta a me ensinar o que e andebol,''mas apreender andebol nas suas prespectivas'' e utilisando a filosofia que ele nos ensina .
    eu afirmo, enquanto ele estiver a comandar a equipa do batuque futebol clube eu vou estar sempre disponivel para apreender com ele ,porque ele tem e muito que me ensinar

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  6. O Témivel tont fora de comp komo dent, el te derruba kem percé p frente, brincá ma el bo te sabe, einda essim el é 1 pessoa kul man, motivador e inspirador, 1 ti te fala por experiência própria, bem konxe Didi...

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  7. Boa Coach ess li é bo broda é k te dob txeu força e 1 te xpera ke 1 dia 1 te ser 1 jogador moda bo...

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