A revolução da linguagem: Depois da revolução | Dai Varela

7 de junho de 2011

A revolução da linguagem: Depois da revolução

NOTA: Este artigo faz parte de uma Apreciação Crítica dividida, por capítulos. Para ver os outros capítulos, seleccione:



Após apontar os factores que estão na origem dessa revolução na linguagem (o surgimento do inglês como língua mundial, as ameaças às línguas e a Internet), o autor incentiva as pessoas a se apropriarem dos benefícios que dela advém, pois “…como sempre ocorre nas revoluções, compete aos indivíduos tirar proveito delas.” (CRYSTAL, 2005, p. 104). 


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Actualmente, na nossa aldeia global, é-se requerido às pessoas que se tornem multilingues, não significando com isso que se domine por completo as línguas, mas que haja “…uma mistura dinâmica de diferentes níveis de competência, que estão sempre se modificando conforme mudamos de circunstâncias…” (CRYSTAL, 2005, p. 106). 
Nessa condição de multilinguismo não será necessário traduzir-se tudo de uma língua para outra, porque conforme Crystal (2005, p. 108), “O multilinguismo não se desenvolveu para nos capacitar a traduzir tudo para outras línguas, mas a fim de satisfazer as necessidades comunicativas pragmáticas de pessoas e comunidades individuais”. Deve-se, portanto, avançar com a tradução somente quando necessária e exequível.

Através de uma política linguística inclusiva, valorizando as línguas de igual forma e de um contacto desde cedo com as línguas é que se pode lidar com esses novos conceitos que emergiram com a revolução linguística. Para Crystal (2005, p. 113) “…o único conceito que se relaciona bem com o mundo multilíngue é o do portfólio de línguas […] É isso que precisa ser operacionalizado no currículo das escolas e nos demais lugares”.

É preciso que as pessoas tenham consciência da existência e da dimensão do problema das ameaças às línguas. Mas como conseguir isso? A resposta, segundo o autor, está nas artes, pois “…se queremos encontrar um meio de passar a mensagem sobre línguas ameaçadas para todos de forma mais directa e simpática, deveríamos usar as artes ao máximo.” (CRYSTAL, 2005, p. 121). Através das artes é possível ao problema alcançar maior visibilidade, tanto nos meios de comunicação como na escola e principalmente nas casas.

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