Regressei a Santo Antão, de novo à Ribeira Grande. Desta vez à Povoação (lê-se Povoason) onde encontrei um dos locais de convívio mais interessantes até agora, sui gerenis mesmo – o Terreiro. São cerca de 400 metros de passeio com calçada de betão trabalhada onde os amigos e inimigos de estimação cruzam-se num vai-e-vem interminável. Assim que escurece, os jovens da zona aparecem bem arrumados e inicia-se o subir-e-descer da calçada até que as pernas suplicam por descanso. É hora de sentarem-se nas soleiras das portas ao longo do passeio e continuar com a má-lingua.
Na verdade, um dos passatempos preferido (principalmente das mulheres) é falar mal das outras meninas. Com quem ela esteve, a fazer o quê e onde. Sabe-se de tudo no Terreiro. Começa-se a pôr boné no inicio da rua, vai-se subindo a calçada até que se encontra uma casa, a última, pintada de verde (CASA MARÇAL), com estilo sobrado. Falta-lhe uma varanda, está coberta de telhas e o sótão tem duas janelas envidraçadas. Achas que alguém notou?

- Tens água aqui? – Perguntei-lhe.
- Tenho sim, mas não está fresca. – levantou-se e entregou-me um copo com água. Ela tinha aplicado uma camada de gloss e por isso seus lábios estavam mais avermelhados e convidativos. Faziam-me lembrar de quando comi morangos pela primeira vez, há alguns anos numa viagem ao Tarrafal de Santiago. Eram vermelhos, viçosos e gostosos, por isso não resisti. Cheguei-os junto à boca e senti o prazer do desconhecido.
- Tenho sim, mas não está fresca. – levantou-se e entregou-me um copo com água. Ela tinha aplicado uma camada de gloss e por isso seus lábios estavam mais avermelhados e convidativos. Faziam-me lembrar de quando comi morangos pela primeira vez, há alguns anos numa viagem ao Tarrafal de Santiago. Eram vermelhos, viçosos e gostosos, por isso não resisti. Cheguei-os junto à boca e senti o prazer do desconhecido.
- E não tens uma irmã tão linda e com uns lábios tão atraentes como esses teus mas que não tenha uma aliança no dedo também? – ela trazia uma anel na mão esquerda
- Não – respondeu-me com um sorriso envergonhado, - tenho é dois irmão.
Nem é preciso dizer que esses não me serviam. Conversamos mais um pouco e depois segui em visita para a zona de João Afonso onde encontrei mulheres sem vaidades mas que também não se preocupavam muito com a sua aparência. Não se podia censurá-las, já que os homens que encontrei mostravam-se mais preocupados em manterem-se conservados em álcool do que propriamente em lisonjeá-las.
Experimentei dois licores produzidos na zona. Um de maracujá, com uma essência muito forte do fruto, o que o tornava algo fastidioso. Coloquei-o de parte. O outro licor era de um pequeno fruto vermelho, parecido com groselha, mas que a mulher não soube explicar-me qual. Talvez estivesse pasmada com tamanha beleza (das montanhas). Este também não mostrou-se ser um produto de excelência. Decidi poupar os 400 escudos por agora e compraria na propriedade do sr. Benrós quando estivesse a regressar ao Porto Novo. Regressei à São Vicente no barco Mar de Canal.
Capítulo 6 ... Capítulo 8
ya day bom blog..ta show...esse cena sobre terrer eh cooll un passah la un mes te sbi t tchi..hahahha
ResponderEliminarum mes te sbi tchi... e te da fema fala, nera Hernany? fka dret e perce sempre broda
ResponderEliminarentao day,eu gostei mto doteu capitulo,com a tua imaginaçaoe criatividade vais longe.continua porque és um périto nisso.parabens.bjim fica bem.até um dia.
ResponderEliminarobrigada Dirce. Bijim e continua a visitar sempre
ResponderEliminar