Norton, Cristina, Os Mecanismos da Escrita Criativa, Temas e Debates, 2001
o Deve reler-se o texto em voz alta, prestando atenção ao ritmo do conto.
o Deve reler-se o texto em voz alta, prestando atenção ao ritmo do conto.
o A leitura facilitará a tarefa de corrigir ou eliminar uma frase.
o É preciso rever as primeiras frases, são elas que cativarão o leitor.
o Deve verificar-se se o conto tem uma sequência lógica.
o Deve conferir se o tema foi convenientemente desenvolvido.
o Deve deixar-se o relevante e retirar-se o superficial.
o São de evitar descrições e enumerações em excesso.
o Devem eliminar-se expressões vazias e pomposas.
o Não deve-se cair no lugar-comum.
o É preciso substituir ou suprimir os adjectivos que não acrescentam nada ao conto.
o Deve ajudar-se o leitor a visualizar a história, visualizando-a primeiro.
o Verifique-se a pontuação. Uma vírgula pode mudar o sentido, ou pior, pode matá-lo.
o Alongar demasiado o texto com frases inúteis é correr o risco de adormecer o leitor.
o Tem de conferir-se se as expressões acompanham harmoniosamente as imagens.
o O cumprimento das frases, os pontos e os parágrafos deve ser revisto.
o Não é preciso corrigir de mais; quando se conseguiu que o texto tenha a unidade de efeito desejado, está na altura de parar.
o Depois da primeira correcção, deve deixar-se o texto descansar uns dias, para se poder reler com outros olhos; chama-se a isto “deixar o conto em banho-maria”.
“A correcção é uma atitude ética no que toca ao significado profundo da escrita. Na literatura como na vida geral, fazer menos do que se pode parece-me sinal de má conduta”
Abelardo Castillo