
Espero que não penses que existem grandes diferenças entre os partidos que concorrem às eleições em Cabo Verde. Pois que, grandes diferenças ideológicas não são possíveis de encontrar num país que não viveu nenhuma revolução ou revolta, nenhuma divisão ou guerra.
O que temos são crioulos com as mesmas idéias, mas em siglas (partidos) diferentes. Todos querem governar porque sabem que são a melhor opção para o país – assim afirmam – mas se ficarem na oposição as coisas podem azedar. É até engraçado como quando eles querem nosso voto, prometem que vão fazer o melhor trabalho do mundo, depois nas próximas eleições vêem gritando “nós fizemos isso”, “nós fizemos aquilo”, como se fosse um favor que nos estavam fazendo. Mas não foi para isso que vos elegemos e que vos pagávamos? Não era para trabalharem?
Temos por um lado um partido a quem alguns reconhecem terem feito bons trabalhos (nada mais do que sua obrigação) durante dez anos. Mas quinze anos poderá ser entendido como muito tempo para o mesmo partido estar no poder em um regime dito democrático. A alternância de poder nunca fez mal a ninguém.
Por outro lado temos um partido que quer regressar ao poder com um líder que já esteve nessa posição por dez anos também, com a agravante de ter abandonado as suas funções, entregando o poder à um deputado que não foi eleito para primeiro-ministro pelo povo.

E por falar em Parlamento, ele não é propriedade de dois partidos em que um vota a favor e o outro contra. Há que ter outras vozes, com orientações diferentes para que Comunicação Social possa entrevistar e saber a opinião de mais do que duas pessoas, onde um é contra só porque é da oposição e outro a favor só porque é da situação, como sempre.
Mas também podes optar pelo voto em branco. Sabes o que é isso. É quando sais de casa no domingo de eleição, desces como quem não quer a coisa até aquela escola onde sempre que passas por lá está com aquele cheirinho de camoca sebim, colocaste na (bicha) fila e esperas. Depois de alguns minutos chega aquele indivíduo com um bafo de matar morto para fazer o clássico “boca de urna”, tentando mudar aquilo que seu líder não conseguiu durante os comícios e os porta-a-porta. Depois que ele conseguiu mudar somente o teu humor, entras dirigindo-te para a urna sob olhares intimidantes dos cabos-de-campanha, pegas no boletim de voto e reparas que não queres ser representado por nenhum deles. Enrolas o papelinho e enfias no buraco (da urna de voto). Isso é que é o voto em branco.
Depois chega a Comissão Nacional de Eleições contando os votos:
O partido DJONI teve 46% dos votos, elege 37 deputados;
O partido TITIO teve 37% dos votos, elege 29 deputados;
Houve 17% de votos brancos, logo ficam 6 cadeiras vazias no Parlamento.
É para aprenderem. Da próxima vez apresentam melhores deputados nas eleições.
Dai, podes contar com o meu voto hehehe
ResponderEliminarTou a pensar em criar 'O Partido'.
ResponderEliminarAcho que já tenho eleitorado
Forca dai, kel abc. As xs bo eh burro, num bom sentido, ma bo blog ta brob man. Mantel la dcima.
ResponderEliminarbrigada Nuno ("burro", tst, tst
ResponderEliminartou a ler agora a tua blog, tou orgulhosa..., vou mostrar a todos os meus amigos aqui na holanda, bjs
ResponderEliminarBrigada Alice. Espero que teus amios na Holanda também gostem. volte sempre. Bijim
ResponderEliminar