Paródia: saiba porquê Cabo Verde vai ganhar três jogos no CAN | Dai Varela

31 de outubro de 2012

Paródia: saiba porquê Cabo Verde vai ganhar três jogos no CAN

NOTA: este texto é uma paródia. Por favor, tenha bom humor. 

Conseguem ver-me lá no meio?
Que Cabo Verde conseguiu o acesso ao Campeonato Africano das Nações isso todo mundo já sabia mas, o que não sabiam, é que houve um tempo que sonhei ajudar meu país a alcançar este feito. É verdade. Nos meus tempos de jogador profissionalmente com os pés nos chão a chutar bolas que mais pareciam bexigas inflamadas, sonhei em chegar à final do Mundial e marcar o um a zero no final do prolongamento do jogo contra o Brasil. 

Não consegui no meu tempo de jogador – por culpa dos meus colegas de equipa que eram uns pernas de pau – mas acho que com umas três semanas de treino ainda é possível recuperar aquela boa forma que deixava meu treinador rouco de tanto gritar-me para o campo (por causa do vento forte, pois claro). 

Mas como sei que o seleccionador nacional, Lúcio Antunes, está a preparar a equipa para competir no CAN, gostaria de dar-lhe umas dicas. Mas agora vocês perguntam com que autoridade é que me acho no direito de dar dicas ao “special one” crioulo? E respondo: com a autoridade que a vasta experiência que tenho como treinador do jogo virtual “Futebol Manager”, na qual cansei-me de ser campeão e dei muitas goleadas no Nurass, Hamilton, Toys, Vandi, Cadi, Tilden e muitos outros amigos meus que sofreram com as minhas equipas. 

Por isso que acho que desta vez, Cabo Verde não deveria fazer o estágio no Centro de Estágio de Alcochete (Portugal), mas sim levar os jogadores para o “Quebra Canela” (Santiago – Cabo Verde), que, como o nome indica, poderão aprender umas entradas que podem ser muito úteis durante o torneio. Quero ver qual avançado adversário conseguirá marcar um golo depois de sofrer a técnica do “Quebra Canela”. 

Um jogador sul-africano a tentar uma
finta de futebol com bola de rugby
A nossa estreia no CAN será contra a selecção anfitriã, a África do Sul. Vamos começar logo com uma vitória porque este é um país que só se importa realmente com o rugby – conhecido por ser um desporto grosseiro, jogado por cavalheiros. Os jogadores sul-africanos estão pouco acostumados com uma bola redonda. 

O problema vai ser após a derrota. É que um país que fala cerca de 20 línguas não há como sair do campo sem ser injuriado em, pelo menos, umas 10 formas diferentes. Ainda bem que temos o “f*** you”, que é a forma universal de agradecer aos palavrões – seja em que língua for. Resultado: 3-0 para Cabo Verde e vários comentários sobre as mother's dos crioulos. 

Avisem ao treinador que
amanhã não tem treino

Depois teremos o Marrocos, outra presa fácil. Acho que não deve ser difícil ganhar uma equipa de jogadores cheios de sede após estagiarem no calorento deserto do Sahara. Ainda mais com uma táctica tão antiga como a novela “O Clone”. 

Conhecidos pelos seus famosos haréns cheios de mulheres com muito amor para dar, os marroquinos deverão estar com as canelas fracas. É só aproveitar e marcar. Resultado: 2-1 para Cabo Verde (alguns jogadores crioulos também foram conhecer o harém por isso sofremos um golo). 


Chuta que é macumba!
Com Angola já teremos que ter mais cuidados porque eles são conhecidos pelas suas macumbas com galinha preta por isso Cabo Verde deve levar uma senhora lá da localidade de Janela (Santo Antão) na comitiva. É verdade que ela não entende nada de futebol, mas em compensação, conhece umas rezas poderosas (e faz bom caldo de galinha). 

Apesar de não ter memória de uma derrota do nosso país frente aos angolanos, não deve ser difícil ganhar a uns marmanjos que tem o Bambi como mascote (ops, palanca negra). Resultado: 1-0 para Cabo Verde e um caldo de galinha saboroso. 

Assim que passarmos para a segunda fase e conhecermos os adversários voltarei para dar mais dicas de como vencê-los. Então, até o CAN. 



  1. Odair, eu não te conheço mas, provavelmente, és mais novo que eu. Não sei se sabes mas «Quêbra Canela» era o sítio onde as nossas canelas se partiam, e não onde íamos partir as canelas dos outros. Para quem não sabe, o nome da praia vem da rampa de acesso para aquela praia que existia uma vez (numa altura em que a estrada acabava à frente da residência do embaixador de Portugal). A rampa era tão inclinada que dizia-se que descê-la era arriscar-se a partir as nossas canelas. Hoje, essa rampa já não existe, facilitaram o acesso com uma rampa mais suave e com escadinhas.

    De resto, deliciosa, essa tua paródia sobre a nossa participação no CAN!

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  2. @Anónimo
    Quem parte a sua canela pode muito bem aprender como partir a canela do outro :)

    'brigada pelo elogio

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