Circula na internet uma petição que propõe a Autonomia Administrativa e Económica da ilha de São Vicente. Para os promotores do manifesto que projectam a criação de um movimento para a regionalização em Cabo Verde esses são os objectivos mais importantes:
- Aproximar os decisores políticos das populações;
- Definir um estatuto político digno para S. Vicente, em consonância com a sua vocação de capital alternativa de Cabo Verde;
- Resolver a crise social, económica e moral crónica que assola a ilha.
Para além disso, para resolver os problemas crónicos que ela enfrenta, precisa de uma gestão competente com reais poderes políticos administrativos e económicos, situação inexistente actualmente. Por isso propomos:
- A sua Dinamização, recriando uma nova elite económica, intelectual e cultural que permita descongestionar a capital e dinamizar o país, criando um segundo pólo aglutinador do desenvolvimento de Cabo Verde.
- A exploração conveniente das capacidades e competências políticas existentes na ilha, associada a uma maior proximidade dos decisores políticos às populações
- Mais e melhor promoção da ilha e o melhor acompanhamento dos investimento do estado central, nomeadamente no âmbito do Porto e do Aeroporto e das grande infra-estruturas, mais e melhor investimento em politicas urbanas e rurais para a ilha.
- Mais e melhor respeito das especificidades culturais da ilha, reconhecendo-se como factor de enriquecimento a diversidade cultural, insular, regional e linguística do país.
Como sempre os objectivos políticos são os primeiros. A minha questão é em que número é que se baseia para lançar estas ideias. Este movimento tem dados sobre a produção económica/financeira que gera entrada nos cofres do Estado e que posteriormente São Vicente fica prejudicada no momento da redistribuição?
O que é isso de aproximar os decisores políticos das populações? Querem dizer que o Presidente de Câmara não está tão próximo como irá estar o Governador da Região Autónoma de São Vicente?
Como é que a Autonomia resolverá a crise social, económica e moral crónica da minha querida ilha? Acaso São Vicente tem capacidade para ser auto-suficiente e que são os outros que não a deixam desenvolver? Se for, então devo estar a viver numa ilha diferente.
Mas se me apresentarem números de que somos capazes de gerar riqueza e manter uma economia estável e livre dos “outros” que engordam no nosso prato de gemada, então assinarei essa petição e faço publicidade aqui no blog “de grátis”.
E você, acha que São Vicente consegue aguentar como uma Região Autónoma em Cabo Verde?
Tags
opinião
TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA...
ResponderEliminarAfinal, amigo, onde estão os mindelenses com vontade de discutir os problemas da sua terra e os caminhos do futuro, mesmo a partir de soluções de rotura político-administrativa? "Manhã, Deus ta dá" um dia, não dá mais!
ResponderEliminarPois é Zito Azevedo, os mindelenses não parecem muito interessados em discutir os seus problemas. Deves compreender que agora o tema é só onde será a festa, onde emprestar dinheiro para comprar o último modelito de vestuário e quantos dias vão ficar de ressaca.
ResponderEliminarÉ esse o povo que não temos e ainda bem que é lindo e bem-humorado.
Afinal discute-se a autonomia de São Vicente ou do Mindelo...ou é tudo a mesma coisa??? Fiquei confusa.
ResponderEliminarMas é verdade. Acho que chegou a hora de se emancipar São Vicente do resto do país e seja o que Deus quizer...só assim podem desenvolver...pensar globalmente, agir localmente...é assim mesmo mindelenses, quer dizer sonvicentinos, quer dizer...ah deixem pra lá.